+ TÂNIA ALVES E O SEXO NO CINEMA

BRASILEIRO DOS ANOS 1980 +
ALINOR AZEVEDO (LIVRO)

+ NA REVISTA
DE CINEMA: O ADEUS

A MAXIMO BARRO
+ CINECEARÁ 2020 (ANO 30)

+ SYLVIE PIERRE, JULIETTE BERTO & GLAUBER ROCHA (fotos acima)

ALMANAKITO
DOMINGO (01-11-2020)

***NA REVISTA DE CINEMA:

São Paulo dá

adeus a Maximo Barro,
montador, professor

e pesquisador de cinema

http://revistadecinema.com.br/2020/10/sao-paulo-da-adeus-a-maximo-barro-montador-professor-e-pesquisador-de-cinema/

****NOTÍCIA (de um livro)
HÁ MUITO ESPERADA:
Ontem veio a triste notícia da perda de Maximo Barro, uma enciclopédia viva da história do cinema brasileiro, do paulista em especial. Nessa manhã de domingo me chega notícia que aguardo há muitos anos: a publicação de livro de Luís Alberto Rocha Melo sobre Alinor Azevedo (1914-1974), um dos fundadores da Atlântida Cinematográfica e roteirista da maior importância. Li a dissertação de mestrado de Luís, defendida com louvor na UFF, muitos anos atrás. E sonhava vê-la editada em livro. Ele, que é professor da UFJF, me conta que o livro sai em breve pela Editora da UFMG. Tomara que ilustrado com as excelentes fotos do acervo da família Azevedo, representada pela filha Vânia Venâncio. De cara, aviso que serei a mais devotada coroa-propaganda do livro. É só sair…E começarei minha campanha de divulgação.

*****SYLVIE PIERRE:
Assistindo ao filme “Glauber, Claro”, de Cesar
Meneghetti, na Mostra SP 2020 (Ano 44), deparei-me
com Sylvie Pierre, em imagens de arquivo, entrevistando
Juliette Berto. Daqui a pouco coloco a foto no facebook.

****TÂNIA ALVES:
“Naquela época todo filme brasileiro tinha cena de sexo”
Com atraso, comento aqui, “live” da qual participei dias atrás,
dentro das atividade da Mostra SP 44. No centro de tudo estavam os atores Tânia Alves e Antônio Pitanga e os cineastas Joel Pizzini (moderador) e Luis Abramo (também diretor de fotografia e filho do cineasta Fernando Côni Campos, razão de nosso encontro). Como “Ladrões de Cinema” (1977), o cult movie de Côni estará na sessão Bike no Parque, que a Mostra promoverá nessa quarta-feira (20h00), vale conferir a conversa. Pelo menos por um momento de rara franqueza da atriz e cantora Tânia Alves, a Paloma de “O Mágico e o Delegado” (1983). Aliás, Tânia é franca e transparente. Contou no ar que tem 71 anos (não parece, pois é daquelas que mantêm — mantinha? — um spa, faz exercícios e segue alimentação controlada. Está ótima. Ninguém diz que já é septuagenária). MAS VOLTEMOS ao “sexo”. Tânia falava das cenas de sexo em filmes nos quais atuou (“Parahyba, Mulher Macho”, “Cabaret Mineiro”, “Olho Mágico do Amor”, etc, etc). “Naqueles anos 1980, todo filme tinha cenas de sexo, era muito comum”. A cantriz tem razão: atrás do público fiel da pornochanchada (o filme brasileiro de sexo explícito chegara aos nossos cinemas em 1981) a maior parte dos filmes nacionais temperou suas narrativas com tal ingrediente…

******CINECEARÁ 2020 (ANO 30):
Festival cearense divulga lista de quatro longas e 22 curtas que participarão da
Mostra Olhar do Ceará
Entre longas e curtas foram 121 inscritos e 26 selecionados.
Os longas Cabeça de Nêgo, drama de Déo Cardoso, Pajeú,
ficção de Pedro Diógenes, e os documentários Swingueira, coprodução Ceará-Bahia de Bruno Xavier, Roger Pires, Yargo
Gurjão e Felipe de Paula, e Rio de Vozes, coprodução
Bahia-Pernambuco com direção da cearense Andrea
Santana e de Jean-Pierre Duret.

*****************Errata: Troquei o nome
do filme de Jafar Panahi, que ganhou
o Leão de Ouro em Veneza (trapaças da
memória, pois aconteceu em 2000, único ano em que fui
ao fest veneziano: o certo é O CIRCULO (e não
Ouro Carmin). Já corrigi abaixo.

+ O ESPANTOSO CINEMA IRANIANO:
Só ontem consegui assistir, na imensa MOSTRA SP
2020 (Ano 44), ao filme “Não Há Mal Algum”, de Mohammad Rasoulof, vencedor do Urso de Ouro em Berlim 2020. Que filme! Enquanto assistia aos 152 minutos de narrativa (que voam!), me colocava o tema de um texto (corrido, pois como ter calma com
4 ou 5 longas-metragens nos esperando on-line?): por que o cinema iraniano é tão poderoso? Por que um país de 82 milhões de habitantes e história tão acidentada conseguiu consolidar arte e indústria cinematográficas tão potentes? Por que alcançou reconhecimentos tão superlativos???? Alguns, de memória: Palma de Ouro (Gosto de Cereja), Leão de Ouro (O Círculo), Urso de Ouro (com A Separação + “Não Há Mal Algum”, creio que entre outros: sim, TAXI TEERÃ, de Panahi), dois Oscar (ambos para Asghar Farhadi, com O Apartamento, em 2016, e com A Separação, em 2012). Mesmo esgotada (com Gramado, É Tudo Verdade, Olhar de Cinema e Mostra SP colados um no outro, tenho dormido muito pouco e — com sinceridade — estou esgotada), fui pesquisar no catálogo digital da Mostra (eu que sou uma toupeira no mundo on-line) a quantidade de filmes iranianos reunida por Renata Almeida e equipe. Um espanto: dez longas e um curta (de Jafar Panahi). No frigir dos ovos são oito longas. Afinal dois, ambos muito estimulantes, são dirigidos por iranianos, mas realizados em outros países, com produção sem nenhum aporte persa. Seus autores vivem no exílio. Caso de Siamak Etemadi (do ótimo PARI, produção grega que a todos — em especial às mulheres — recomendo) e Bahman Tavoosi, que vive no Canadá e realizou, na Bolívia, o belo e singelo “Os Nomes das Flores”)…