+ FEST BRASILIA (PREMIADOS) + NOVA CONFIGURAÇÃO DE PRÊMIOS — NA REVISTA DE CINEMA

+ FESTIVAL ROSKINO DE FILMES RUSSOS CONTEMPORANEOS (ATÉ DIA 30)

+ A MORTE BRANCA DO FEITICEIRO NEGRO (PREMIO CANAL BRASIL) + KATU (FILME POTIGUAR)

****A MORTE BRANCA
DO FEITICEIRO NEGRO

Premiamos por unanimidade, no Fest Brasília, o curta catarinense com o Prêmio (Aquisição) Canal Brasil. Há dias procuro saber a origem da imagem do homem preto que passou a simbolizar o filme. Perguntei aos irmãos Eduardo e Lauro Escorel, a Aurélio Michiles (enfim, a muitos outros olhos treinados) e ninguém soube me responder com precisão. O filme se constroi com imagens de uma dezena de (outros) filmes e com fotos do acervo Marc Ferrez, em especial “série dos cafezais”… Quem arriscou alguma resposta, entendeu que a imagem seria do escravizado Timóteo, o suicida que deixa carta (datada de 1861), razão de ser do filme. Tenho para mim que não era comum, na metade do século XIX, “fotografar” escravizados (mas sim — e só — integrantes da elite endinheirada brasileira). Embora o dagueréotipo tenha chegado ao Brasil em 1839 (com o francês Hercule Florence), a fotografia só se “popularizaria” bem depois…. Quem souber, me avise.
***** PRONTO: diretor do filme, Rodrigo Ribeiro, dá a informação que tanto procuro: a imagem vem do filme “ALMA DO BRASIL”, de 1931.
****RESPOSTA SOBRE “A MORTE BRANCA DO FEITICEIRO NEGRO”: A imagem do homem preto que aparece no filme de Rodrigo Ribeiro — me esclareceu ele — é do filme “A ALMA DO BRASIL”, de LIBERO LUXARDO (1931). *****NOSSA JUSTIFICATIVA DO PREMIO CANAL BRASIL: “Por sua inventiva construção empreendida a partir de poderosa pesquisa imagética, por valorizar a importância do cinema brasileiro e reverberar a problemática do preconceito racial que, em nosso país, atravessa séculos — nós, Ricardo Daehn, Luiz Zanin Oricchio e Maria do Rosário Caetano, integrantes do Júri — atribuimos o Prêmio CANAL BRASIL ao filme “A Morte Branca do Feiticeiro Negro”, d o CATARINENSE Rodrigo Ribeiro.

*****CARTA DE BRASILIA (texto integral)
http://www.cultura.df.gov.br/cineastas-anunciam-a-carta-de-brasilia/

*** VENCEDORES DO FESTIVAL
BRASILIA 2020 — ANO 53

http://revistadecinema.com.br/2020/12/festival-de-brasilia-premia-o-documentario-por-onde-anda-makunaima/

*******NOVA CONFIGURAÇÃO DOS
PREMIOS DO FESTIVAL DE BRASILIA 2020

http://revistadecinema.com.br/2020/12/festival-de-brasilia-entrega-trofeu-candango-em-festa-virtual-e-com-nova-configuracao/

****SURPRESA POTIGUAR
(o curta-doc A Tradicional
Família Brasileira KATU)

****A AUSÊNCIA DOS MINEIROS EM
“CANDANGO: MEMORIAS DO FESTIVAL”
Vi o filme de Lino Meireles, sobre os 50 anos do Fest Brasília, pela primeira vez, na Mostra SP. Gostei demais da primeira parte, com seu ritmo adrenalinado e entendi que, em seus 119 minutos, ele apresentava duas “barrigas” na segunda parte (tempo excessivo dedicado ao cinema brasiliense e, depois à mostra 16 milímetros). Revendo o filme, agora, na Mostra Brasília (do Fest Brasília 53), senti que o ritmo vertiginoso da primeira parte não está presente na segunda metade (inteira). Sem a emoção do primeiro enc ontro (ver um filme sobre um festival que acompanho desde os 19/20 anos, ainda como estudante da UnB reaviva muitas memórias), pude prestar atenção no que — na minha opinião — era muito importante e ficou em segundo plano (ou ausente da narrativa): notei o pouco espaço dado ao baiano Edgard Navarro (premiado com vários curtas e com o longa “Eu Me Lembro”) e, principalmente, a ausência dos mineiros, que venceram, por três an os seguidos, o Festival em sua fase contemporânea. Há assuntos que ganham relevo excessivo. E personagens!!! Neville D’Almeida, então!!!!, além de se auto-endeusar (como ele adora fazer e faz sempre!!!!! – risos), ainda encontra em José Damata um advogado com largo espaço para… endeusar o diretor do remake de “Matou a Família e Foi ao Cinema”!!!! Dou outro exemplo: as duas vaias do Festival, que o filme toma como “as” maiores. A primeira, sem dúvida, foi a mais apoteótica — a de Claudia Raia, musa da campanha collorida. O tratamento dado a esta vaia única é sintético e potente: inclusive com localização de anúncio de campanha gravado pela atriz para o horário eleitoral defendendo o candidato. Já a vaia a Rodrigo Santoro (Bicho de 7 Cabe&cce dil;as), por causa de equivocado cerimonial estabelecido pela equipe do filme, que o separou do restante do elenco (no qual estava o grande, o imenso, Othon Bastos), de forma que ele subisse, depois de todos e sozinho, como se fosse um astro ESPECIAL, ganhou imenso tempo e relevo. Estava nas duas ocasiões, dentro do Cine Brasília, e entendo como desproporcional o tempo dedicado a “essa segunda vaia”. Outro personagem fundamental e que ganhou pouco espaço no filme — o ator Milton Gonçalves. A presença dele em “Rainha Diaba”, o filme de Fontoura, causou imenso impacto no Festival da “retomada” (1975, depois de três anos fora do ar)… E (posso estar enganada!!!), mas creio que MILTON foi o primeiro afro-brasileiro a ganhar o Candango de ator protagonista (prêmio que seria multiplicado pelo Air France e o Governador do estado SP). ****Novos encontros com o filme trarão novas observações. Mas registro aqui as qualidades do filme: o imenso e valioso trabalho de pesquisa de imagens (capitaneado pelo craque Antonio Venancio — contei, na correira, o USO DE IMAGENS-trechos de 81 filmes!!!), o espaço dedicado ao criador (com muitos parceiros) do Festival, Paulo Emilio Salles Gomes, o substrato político dado aos embates do evento com a Censura — nenhum sofreu tanto quanto o festival Candango a força retrógrada da TESOURA, os ótimos depoimentos de Bernadet e Ismail Xavier, a boa descrição da briga entre Rubens Ewald Filho e Sganzerla (e outro momento controvertido com o cineasta catarinense-paulista-carioca: o do “Nélson Pereira dos Diabos”), o fairplay de Amir Labaki ao receber o Prêmio Epatovis B-12 (remédio para o fígado)…. Lino fez o filme com recursos próprios e, mesmo estreante e inexperiente, deu uma ótima mostra de que sabe trabalhar em equipe, delegar funções. Deve-se a ele o primeiro longa-metragem dedicado a um FESTIVAL. Gramado ganhou um curta (média) dirigido por Davide Quintas.
*** LEO BROUWER:
Com imenso atraso, retomo um filme exibido pelo
Fest É Tudo Verdade, meses atrás (foi tão avassaladora a maratona festivaleira nos últimos três meses, que não consegui fazer esse registro na hora oportuna): Amir Labaki programou, em caráter hors concours, sessão especial de longa documental dedicado ao grande compositor habanero, autor de trilhas sonoras para Titón (Tomás Gutierrez Alea) e muitos outros realizadores cubanos. Pensei que, finalmente, conheceria detalhes da trajetória dele, ouviria suas principais composições, trechos dos filmes enriquecidos por suas sonoridades… mas, o que ficou do filme, na minha memória, foi a dor (o ressentimento me parece o vocábulo mais adequado) do artista com o tempo que lhe coube vi ver em sua idade avançada (ele tem 81 anos). O compositor consome seu tempo com cara amarrada (e muita indignação) pela falta de espaço para uma música mais elaborada e inventiva como a sua. E o filme (uma produção espanhola, salvo engano) dá uma de Tinhorão (segundo Nelson Rodrigues, o nosso dramaturgo-cronista), junto com seu personagem: pula na piscina e não vê o azul da água. No Brasil, vale lembrar o caso de Anselmo Duarte, ator e diretor, único brasileiro premiado com a Palma de Ouro de melhor filme (O Pagador de Promessas, 1962). Anselmo foi amado por seus trabalhos na Atlântida e na Vera Cruz, fez vários filmes como diretor, ganhou a Palma de Ouro. Nas, nas suas última década de vida, só evocava ressentimentos….

ALICE GUY, A FRANCO-AMERICANA: o longa de Pamela B. Green (errei?) já está disponível no streaming. Mesmo caso do filme “Babenco”, que — inclusive — faz campanha para arrecadar fundos para sua campanha por uma vaga no Oscar.
*****CINE RUSSO CONTEMPORANEO —
Segue até dia 30 deste dezembro, portanto por mais oito dias, o Festival Roskino de Cinema Russo Contemporâneo. Na SPCine Play. Hoje, Monica Bergamos conta que o número de acessos ao canal da Prefeitura Paulistana ampliou seus acesso de forma espetacular. Crescimento de mais de 1000%.

*****FEST BRASILIA (ANO 53)
Na torcida para que o festival candango regresse, em 2021, à sua data histórica (a primavera: setembro)

FEST BRASILIA (PREMIADOS) + NOVA CONFIGURAÇÃO DE PRÊMIOS — NA

REVISTA DE CINEMA.

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********1. ONDE

ANDA MAKUNAIMA VENCE
FEST BRASILIA 53.

Cerimônia virtual de premiação aconteceu às 15h40.
Foram atribuídos 4 prêmios para longas nacionais: Melhor filme
Especial do juri – Ivan, o TerrirVel
Montagem: A Luz de Mário Carneiro ***Juri Popular: Longe do Paraíso, com “38% dos votos virtuais”
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2. NOVA CONFIGURAÇÃO DOS
PREMIOS DO FESTIVAL DE BRASILIA 2020

http://revistadecinema.com.br/2020/12/festival-de-brasilia-entrega-trofeu-candango-em-festa-virtual-e-com-nova-configuracao/

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Rô Caetano
Maria do Rosário Caetano
Blog: almanakito.wordpress.com