PRÊMIOS LATINOS EM CANNES: BRASIL, ESPANHA, CHILE E GUATEMALA + ANTONIO BANDERAS (foto) + CHICO BUARQUE E O PRÊMIO CAMÕES

+ PREMIOS LATINOS EM CANNES:
BRASIL, ESPANHA, CHILE E GUATEMALA

+ PREMIO CAMÕES PARA CHICO BUARQUE

*PRÊMIOS LATINOS EM CANNES:
BRASIL, ESPANHA, CHILE E GUATEMALA

https://radio.uchile.cl/2019/05/25/patricio-guzman-triunfa-en-cannes-gana-el-premio-al-mejor-documental/?fbclid=IwAR00sRgkpqC9EFu3lRBbvec9k4EZDvUaUzFMMHG5a3Rv4BBXqaC5lRcm5Iw

. Bacurau, de Kleber Mendonça e Juliano Dornelles (Brasil): Prêmio do Júri

. A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, de Karim Ainouz (Brasil): vencedor da Mostra Um Certo Olhar

. Nuestras Madres, de César Diaz (Guatemala): vencedor do prêmio

Câmara de Ouro (melhor filme de diretor estreante)

. Dor e Glória (Espanha): melhor ator para Antonio Banderas

. A Cordilheira, de Patricio Guzman (Chile): Olho de Ouro de melhor

documentário (Prêmio conquistado, ano passado, por Agnês Varda, com

VARDA POR AGNÉS) e, antes, pelo brasileiro Eryk Rocha, com CINEMA NOVO.

*********Deve ter sido emocionante o agradecimento

de Antonio Banderas, à sua Palma de Ouro, de melhor ator,

por “Dor e Glória” (Pedro Almodóvar), conquistada

ontem (25-05-19), em Cannes, na França.

Abaixo, divulgo mais uma vez (com imenso prazer) o belíssimo discurso que Banderas proferiu, nos Prêmios Platino, em Marbella, perto de sua Málaga natal, na Andaluzia. Torço para que Chico Buarque vá a Lisboa receber o Prêmio Camões e que faça discurso tão lindo quanto o de Banderas.

****DISCURSO DE

Antonio Banderas

nos Prêmios Platino 2015

Quando da entrega, a ele, de um

PLATINO DE HONOR

Em Marbella-Málaga, Andaluzia, Espanha- 18-07-2015

“Receber este Prêmio Platino é obviamente uma honra. E recebê-lo das mãos de uma lenda como Rita Moreno é um grande privilégio.

Desde minha Málaga fenícia, muçulmana, romana e picassiana — por parte de pai zambranista – mando uma saudação a todos os povos latinos aos quais me uno não apenas na língua, mas no desejo incomum de sonhar e de fazê-lo através da arte da tela em movimento, que nós chamamos de cinema.

Queira ou não queira, receber um prêmio nos traz uma série de tentações, de vaidades. Temos que lutar contra elas como o Quixote lutava contra os moinhos gigantes. E apesar de ter nascido nas terras da Andaluzia, em Málaga, que é um sonho tornado realidade, eu sempre acreditei dividir com o cavaleiro da triste figura, a loucura insensata, os desejos irreprimíveis e a vocação ansiosa pela aventura.

Estou contente e excitado de receber tantos amigos e tantos talentos, que espero que esta terra de Málaga lhes abra as portas e os trate com o mesmo carinho com que fui tratado em cada um dos países latinos onde tive a sorte de ter trabalhado. Fiz sete filmes no México, três na Argentina, um na Colômbia, um na Venezuela, um em Porto Rico e um no Chile. Filmes nos quais consegui compartilhar equipes de excelentes profissionais e uma forma de fazer cinema e de entender a vida.

O grande salto do nosso cinema ainda não aconteceu. Pois foi nos Estados Unidos, que aos poucos foi dando oportunidade aos talentos – e alguns dos que se encontram aqui se beneficiaram disto, temos que dar a César o que é de César e o que é dos hispânicos aos hispânicos – é ali onde consigo entender a dimensão real, o caráter universal, o potencial e a força sem dúvida do latino. Os Estados Unidos são um lugar onde – apesar do interesse insano e totalmente reprovável de Donald Trump ao chutar nosso traseiro – existe um caldeirão de comunidades que fala a língua de Cervantes e que não apenas enriquece a vida cultural do país, mas traz valores apoiados na sua própria dignidade, no trabalho duro, no sacrifício e na busca para que todos se unam, sem ser contra ninguém.

De fato, sem buscar o confronto, de coração aberto, com a curiosidade como bandeira e com ideia clara de que todos amamos nossos países de origem e podemos, sem a menor dúvida, abraçar a ideia do latino e o orgulho de nos sentirmos hispânicos, entendo que estes Prêmios Platino são a plataforma para iniciarmos um caminho que nos ajudará a consolidar o respeito que nos permitirá reivindicar a nossa língua nas produções cinematográficas e nos tornar fortes para competir em igualdade de condições, nem mais, nem menos. Ninguém vai nos dar valor se nós não o fizermos primeiro.

Terminarei com Cervantes e com seu Dom Quixote, que a partir de sua mente sonhadora – e lúcida por alguns momentos – nos mostra que quando você não tem experiência nas coisas do mundo, todas as coisas que apresentam alguma dificuldade parecem impossíveis. Confie no tempo que costuma dar doces saídas a muitas dificuldades amargas”.

GANHADORES DO

PLATINO DE HONOR

2014 – Sonia Braga, em Ciudad Panamá

2015 – Antonio Banderas, em Marbella (Espanha)

2016 – Ricardo Darín, em Punta del Este (Uruguai)

2016 – Edward James Olmos, em Madri (Espanha)

2018 – Adriana Barraza (atriz mexicana) – Na Riviera Maya (México)

2019 – Rafael (ator e cantor espanhol) – Na Riveira Maya (México)

P.S. Não deixem de ler, por nada deste

mundo, a entrevista de LILIA SCHWARCZ,

ao jornal Valor Econômico (final de semana).

Mobilizadora, inteligente, cidadã.

**CRÔNICA DELICIOSA,

de Artur Xexeo, hoje, no Segundo Caderno, de

O Globo: sobre música em rádios de taxis,

Vinícius, o Arpoador, o Rio, enfim…

**BADEN, EGBERTO

E O CEGO ADERALDO:

Continuo em campanha para que melômanos acessem (no Spotfy) a playlist que reune composições de Baden Powell, Egberto Gismonti (interpretadas por Ravi Shankar, Naná Vasconcelos, Simone Zanchini, Grazyna Auguscik e Ricardo Hersz), Luiz Gonzaga, Téo Azevedo……

****FESTIVAL DE

BRASILIA ADIADO

Calendário de festivais

em transe com a falta

de patrocínio financeiro

Com a mudança de data do 52o. Festival

de Brasília, de setembro para final de novembro,

o calendário de festivais deve sofrer reajustes.

O Festival do Rio, que aconteceria em setembro,

ano passado foi transferido para novembro.

Este ano, enfrentará nova adversidade: o governador

empossado em janeiro, Wilson Witzel, vem somar-se

ao prefeito Marcelo Crivella em sua relação problemática

com a cultura. Por isto, o festival carioca, de alcance

internacional, ainda não divulgou sua data.

O Cine PE (Festival de Cinema de Pernambuco),

que acontecia em abril, passou para maio e,

agora, migrou para julho (29 até 4 de agosto).

O Anima Mundi, que tem o Rio como base e

São Paulo como extensão, perdeu o patrocínio da Petrobras,

e, por isto, está em busca, via crowdfunding (a popular vaquinha),

de recursos financeiros. Daí que sua data histórica, julho,

depende dos recursos levantados. Outro que

abandonou o mês de junho foi o FAM (Festival de

Audiovisual do MercoSul, realizado em Santa Catarina).

Está agendado para o começo da primavera.

Maria do Rosário Caetano – Revista de Cinema/Uol

O mais tradicional festival de cinema do país, o de Brasília do Cinema Brasileiro, criado em 1965 por Paulo Emilio Salles Gomes e equipe, acaba de mudar sua data de setembro para o final de novembro (início dia 22), com noite de entrega de prêmios dia primeiro de dezembro. Em tese, sua quinquagésima-segunda edição aconteceria em setembro, de 13 a 21.

A mudança tem razão clara: não há dinheiro para bancar o custo do mais antigo Festival do país. Faltam recursos, porque a Petrobras, que apoiava o evento há quase duas décadas, retirou seu apoio, e o novo governo (liderado pelo empresário Ibaneis Rocha), através de seu secretário de Cultura e Economia Criativa, Adão Cândido, não realizou, em tempo hábil, edital para escolher OSC (Organização da Sociedade Civil) capaz de buscar, junto a novos patrocinadores públicos ou privados, os recursos necessários.

Como o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro é uma realização da Secretaria de Cultura, com o advento das leis de incentivo, tornou-se mais eficiente e ágil contar com uma OSC para levantar patrocínios. Porém, só agora os quadros técnicos da pasta da Cultura estão, realmente, cuidando dos trâmites necessários à busca da parceira encarregada de agilizar , via leis de incentivo, a captação de recursos. O prazo será curto, mesmo com a transferência da data para novembro/dezembro, pois, com a crise econômica, a situação vem se mostrando adversa com projetos de natureza artístico-cultural.

O Festival de Brasília, ao contrário da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que acontece sempre na segunda quinzena de outubro, já mudou de datas muitas vezes. Em seu nascedouro, a Fundação Cultural de Brasília (hoje Secretaria de Estado) previa um grande festival artístico na primavera. Ou seja, em setembro. Mas o festival teve edições em julho, em outubro e em novembro (nesta data, quando se deu o desmonte dos organismos de fomento na Era Collor e conseguir seis longas-metragens para disputar os Troféus Candango tornou-se imenso desafio). Houve ano em que foram selecionados seis filmes, mas um deles (visto em precária “prova videográfica”) não ficou pronto em tempo. O jeito foi realizar a competição com apenas cinco concorrentes.

Como a produção brasileira tem gerado média de 150 longas-metragens/ano, não faltarão filmes para a edição de número 52. Mas o Festival candango será obrigado a torcer para que títulos importantes não percam o ineditismo. Ou seja, não optem pelo segmento brasileiro da Mostra Internacional de Cinema (que seleciona média de 40 longas ficcionais e documentais).

Nos últimos anos, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro contou com apoio total dos governantes. Nas gestões de Cristovam Buarque, Agnelo Queiroz e Rodrigo Rollemberg, ele foi realizado com forte apoio oficial. Resta saber o quanto o governador Ibaneis Rocha, do MDB, eleito com discurso sintonizado qos novos tempos (prioridade máxima para a segurança pública) vai empenhar-se na busca de recursos para a mais longevo evento cultural do DF.

Com a mudança de data do 52o. Festival de Brasília, o calendário de festivais deve sofrer reajustes. O Festival do Rio, que aconteceria em setembro, ano passado foi transferido para novembro. Este ano, enfrentará nova adversidade: o governador empossado em janeiro, Wilson Witzel, vem somar-se ao prefeito Marcelo Crivella em sua relação problemática com a cultura. Por isto, o festival carioca, de alcance internacional, ainda não divulgou sua data. O Cine PE (Festival de Cinema de Pernambuco), que acontecia em abril, passou para maio e, agora, migrou para julho (29 até 4 de agosto). O Anima Mundi, que tem o Rio como base e São Paulo como extensão, perdeu o patrocínio da Petrobras, e, por isto, está em busca, via crowdfunding (a popular vaquinha), de recursos financeiros. Daí que sua data histórica, julho, depende dos recursos levantados. Outro que abandonou o mês de junho foi o FAM (Festival de Audiovisual do MercoSul, realizado em Santa Catarina). Está agendado para o começo da primavera.

Por enquanto, o calendário de festivais está assim anunciado:

.MAIO:

. Ecofalante: 30/5 a 12/6

. JUNHO:

. Olhar de Cinema (Curitiba): de 5 a 13

. CineOP (Ouro Preto): 5 a 10

. Festival Varilux: 6 a 19

. In-Edit (São Paulo): 12 a 23

. Fest Guarnicê (Maranhão): 14 a 26

.Santos Film Festival: 26/6 a 3/7

. JULHO:

. Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo

. AGOSTO:

. Festival de Gramado: 16 a 16

. Festival Internacional de Curta (SP): 21/8 a 1/9

. CineCeará (Fortaleza): 31/8 a 7/9

. SETEMBRO:

. Festival de Vitória (ES): 24 a 29

. FAM (Florianópolis): 26/9 a 2/10

. OUTUBRO:

. Mostra Internacional de Cinema (SP): 17 a 31

. NOVEMBRO:

. Mostra de Cinema Russo (SP): 4 a 10

. Festival de Ilhabela (SP): 19 a 23

. Festival de Gostoso/RN: 22 a 26

. Festival de Brasília: 22/11 a 1/12

. DEZEMBRO:

. Festival Aruanda (PB): 5 a 11

………………………….. FESTIVAL DE HAVANA: 5 a 15